Senadora Soraya Thronicke participa de demonstração do uso de Taser no Senado Federal
- Deborah Queiroz
- 17 de jun. de 2021
- 2 min de leitura
A parlamentar Ć© autora do PL que autoriza o uso de spray de pimenta e armas de eletrochoque para defesa pessoal

Nesta quinta-feira (17) a senadora Soraya Thronicke participou de uma demonstração sobre a utilização do Taser T7 ā a nova tecnologia de arma de eletrochoque da empresa Axon. A formação e habilitação para instrutores foi oferecida a vĆ”rias instituiƧƵes convidadas pelo Senado Federal, como a PolĆcia Legislativa do Congresso Nacional, a PolĆcia JudiciĆ”ria, PolĆcia Federal, PolĆcia Civil do Distrito Federal, PolĆcia Militar do GoiĆ”s e Detran. Recentemente a senadora Soraya apresentou um projeto de lei que libera a comercialização, aquisição, posse e porte de spray de pimenta e armas de eletrochoque para defesa pessoal do cidadĆ£o comum em todo o território nacional.
āA seguranƧa pĆŗblica Ć© dever do Estado, mas na prĆ”tica vivemos uma constante sensação de inseguranƧa, com inĆŗmeros casos de assassinatos, estupros e assaltos. No caso das mulheres, Ć© mais grave ainda, pois sentimos falta desses instrumentos nĆ£o letais que permitam nossa defesa e inibam a atuação dos criminososā, explica a senadora Soraya.
Atualmente, nĆ£o hĆ” regulamentação a respeito do uso de armas nĆ£o letais no Brasil. Nenhuma lei autoriza ou proĆbe o seu uso pela população, mas hĆ” um entendimento tradicional de que a utilização desse tipo de instrumento estĆ” restrita Ć seguranƧa pĆŗblica ou privada, em caso de empresas especializadas na Ć”rea.
āPara o cidadĆ£o comum nĆ£o hĆ” amparo legal para aquisição, a posse e o porte de sprays de pimenta e armas de eletrochoque para defesa pessoal. EntĆ£o, o projeto vem neste sentido, de garantir Ć s pessoas meios para se sentirem mais protegidas, uma vez que hĆ” esse vĆ”cuo legislativoā, afirma a parlamentar. O PL 1928/2021 tambĆ©m estabelece condiƧƵes, incluindo mecanismos de controle e sanƧƵes, em caso de descumprimento da lei.
Demonstração
Durante a apresentação, os representantes da Axon explicaram que as armas de eletrochoque provocam a incapacidade neuromuscular por alguns segundos nas pessoas. Apesar disso, a utilização Ć© mais segura do que a arma de fogo, pois nĆ£o causa lesƵes permanentes no alvo, mas possibilita a sua imobilização para tomada de aƧƵes posteriores. O uso restritivo para a seguranƧa pĆŗblica Ć© comum em vĆ”rios paĆses do mundo inteiro. A PolĆcia Legislativa do Senado Federal jĆ” utiliza armas de eletrochoque desde 2006. JĆ” no caso da população comum, seu uso na defesa pessoal Ć© permitido em paĆses como Estados Unidos, Alemanha e CorĆ©ia do Sul.
Os agentes tambĆ©m alertaram sobre os perigos da utilização de produtos falsificados, muitas vezes vendidos na internet ou o mercado informal de maneira ilegal. āHĆ” muitos produtos nĆ£o homologados, que nĆ£o tĆŖm parĆ¢metro de controle, falsificados, mas que sĆ£o vendidos como Taser. PorĆ©m, estes produtos podem provocar apenas dor e lesĆ£o, e nĆ£o tĆŖm o efeito desejado, que Ć© a incapacidade neuromuscular do criminoso. Pelo contrĆ”rio, pode despertar mais a fĆŗria do bandidoā, explicaram.

A demonstração foi realizada com a participação voluntĆ”ria do agente da PolĆcia Civil do DF, Leandro Jardim, que possui 1,86m de altura e 90 kg, e foi imediatamente imobilizado por alguns segundos após o disparo com o equipamento. A parlamentar ainda teve a oportunidade de fazer um disparo com uma Taser T7 em um modelo inanimado, com as orientaƧƵes dos representantes da Axon.